segunda-feira, 19 de março de 2012

Sim para um pitbull



Cachorro é algo que sempre consegue arrancar algum sorriso meu, seja lá como for. Um focinho gelado, uma brincadeira, carinho, cuidado, proteção e amor, muito amor. Essas são algumas sensações que os donos de cachorro sentem, e comigo também é assim.

Tenho um chalé na Taíba, à uma hora de viajem de carro de Fortaleza, que chamo carinhosamente de Casa Do Sol, pelo lindo pôr-do-sol que se forma atrás das dunas.  A Taíba, apesar de ser uma ‘’vila de pescadores’’ e ter aproximadamente 4 mil habitantes, está ficando insegura (onde chega droga, sabem como é né, nem o jardim do Éden escaparia) e por pouco não tive minha casa assaltada.

Pensei então que um cachorro ajudaria na segurança e alerta de quem se aproximasse e pensei na possibilidade de criar um assim que meu noivo terminasse a faculdade.  Mas essas coisas a gente não escolhe, pelo contrario, elas escolhem a gente, e foi assim que aconteceu.
Uma amiga me ofereceu um filhotinho de pitbull, de uma ninhada inesperada do casal de cães que ela cria e pela indisponibilidade de tempo, os filhotinhos não estavam tendo a atenção merecida.

Eu já havia criado Cocker Spaniel, Beagle, Pastor Alemão, Vira-lata, Dog Alemão, mas nunca, nem em sonho, me passou pela cabeça ter um pitbull. De início disse não, passaram-se alguns dias e disse: porque não? Foi então que comecei a pesquisar sobre a raça. A principio vi coisas horríveis, que foi uma raça criada para brigar com outros cães, em lutas. Depois vi que alguns donos usavam da força e agilidade do pitbull para satisfazer suas vontades e tê-los como uma arma,  vi que em alguns países a raça é proibida. Mas vi coisas lindas que encantaram meu coração. Pitbull que ajuda no tratamento de idosos e pessoas especiais, que atuam em salvamento, busca, resgate, que é um cão inteligente, muito apegado ao dono e resistente (essas coisas a mídia não mostra).

Uma voz lá no fundo do meu coração me pedia pra dizer um SIIIIIIIIIIM, e minha mãe me pedia pra dizer não (hahaha), mas como sempre, resolvi seguir esse danado do meu coração, passar por cima do meu preconceito e dizer SIM PARA UM PITBULL.

Antes, eu e meu noivo pensamos em um nome pra dar ao bichinho e veio então na minha cabeça Zion (Sião em português), possui o significado bíblico de terra prometida. Inicialmente era o nome do monte em Jerusalém no qual foi construída a cidade do rei Davi. O Monte Sião passou a designar a terra prometida. O significado de Zion é:  "AQUELE QUE FOI JULGADO". Nada mal para os pitbulls que sofrem diversos tipos de julgamento diariamente.
E então deu-se o nosso sim ao Zion e fomos buscá-lo para viver com a gente, nesse mundinho de bodyboarders recém formados e quase casados. O que posso dizer nesse meio mês de convivência é que o Zion é até agora, o cachorro mais amoroso que eu tive, cheio de personalidade (que teremos que controlar bem de perto), muito obediente e encheu de alegria a Casa Do Sol.

Um obrigada mais do que especial ao Dr. Pedro e Dra. Ana Claudia, da Clínica Chic & Pet, que cuidaram da internação e medicamento, salvaram a vida do Zion logo no início (já começou vencendo na vida). E a Dra. Mariangela Valente, que nos ajuda com dicas comportamentais dos cães.

Frequentemente postarei fotos dele aqui, pra todos que tiverem interesse, acompanharem o desenvolvimento do Zion.

PS: Se você pretende ter um Pitbull, esteja ciente de todos os preconceitos que irá enfrentar, além de disponibilidade de espaço, tempo e dindin para bancar todas as necessidades do cachorro. Bicho é pra viver saudável,feliz e LIVRE. 


O homem pode perder todo o seu dinheiro, faltará no momento que mais precise, sua reputação poderá ser sacrificada por um momento de loucura ou debilidade. O único, absoluto e melhor amigo que o homem tem neste mundo egoísta, o único que nunca vai traí-lo ou negá-lo, é seu CÃO. 

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